sexta-feira, 15 de outubro de 2010

2 meses *-*

2 meses de namoro é muito. É tempo pra caramba quando lembramos do primeiro encontro e percebemos que agora somos íntimos. 2 meses de namoro nos permite uma cumplicidade tão grande que chegamos a sentir às vezes que o outro é um pedaço da gente, daí choramos suas derrotas e sorrimos suas conquistas. Em 2 meses de namoro somos capazes de ler pensamentos e passar a acreditar em telepatia, principalmente quando começamos a adivinhar o que o outro vai falar. Em 2 meses de namoro já dissemos "eu te amo" pelo menos umas 289 vezes e em várias línguas, mesmo que não sejamos sequer poliglotas! Nesse tempo percebemos que o nem tudo são flores e que ninguém poderia mesmo ser tão perfeito.
Em 2 meses de namoro você ouviu uma confissão ou você se sentiu carente, choroso, doente. E também se sentiu amado, protegido, compreendido. E incompreendido.
Garanto que ouviu asneira, charminho, chantagem emocional. Mas recebeu carinho, beijinho, beicinho e não resistiu. Em 2 meses de namoro já temos uma música, um apelidinho ridículo, um cheiro.. E repetimos felizes nossas predileções em feriados e domingos sem reclamar.
Mas 2 meses de namoro também é pouco.
Nesses 2 meses de namoro , não são palavras que importam. Cada lembrança de cada momento fica na gente e nao tem como esquecer. 2 meses pode ser muito ou pouco. Não importa o tempo, importa o que eu sinto por você .
Te amo

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Viver é arte.

Perdemos a oportunidade de saborear a vida só porque não aprendemos a ciência de administrar os problemas que nos afetam. Invertemos a ordem e a importância das coisas. Sofremos demais por aquilo que é de menos. E sofremos de menos por aquilo que seria realmente importante sofrer um pouco mais.

Sofrer é o mesmo que purificar. Só conhecemos verdadeiramente a essência das coisas à medida que as purificamos. O mesmo acontece na nossa vida. Nossos valores mais essenciais só serão conhecidos por nós mesmos se os submetermos ao processo da purificação
Talvez assim descubramos um jeito de reconhecer as realidades que são essenciais em nossa vida. É só desvendarmos e elencarmos os maiores sofrimentos que já enfrentamos, e quais foram os frutos que deles nasceram. Nossos maiores valores costumam florescer a partir de nossos maiores sofrimentos, os mais agudos. Por isso se transformam em valores.

O que a Medicina faz com você psicológicamente?

Achei interessante postar aqui o relato de uma estudante de Medicina na Comunidade 'Estudantes de Medicina', no site de relacionamentos Orkut. No tópico com o mesmo nome deste post, a garota relata a situação psicológica da qual está exposta à partir do momento em que começa a vivenciar a experiência do curso. Meu intuito que expor este relato aqui foi apenas para fazer com que outros estudantes de Medicina como eu, que derrepente possam estar em uma situação parecida, possam ter a consciência de que a vida é um paraíso se comparada com a realidade de outras pessoas. Segue o relato de 'P.':

''Talvez esse seja meu questionamento durante os últimos três anos. Quando nossa pele é exposta a uma condição diferenciada, ocorre a chamada metaplasia, em que geralmente o tecido anterior é substituído por um mais resistente, ou algo assim. Quando sofremos um acidente leve, um corte, as feridas cicatrizam com o tempo. Mas quando a lesão é maior, muitas vezes não dá tempo das feridas cicatrizarem, a perda de volemia faz com que a pessoa morra antes, em alguns casos.



Sabe, eu me sinto assim... incapaz de cicatrizar as coisas, pq são tantas feridas, e tão profundas que receio que não vá conseguir. E boa parte delas foram causadas pela medicina, mesmo que indiretamente.


Eu era uma garota tímida, mas que sempre soube o que queria. Consegui passar numa universidade publica depois de muito estudar, mesmo sendo de uma família pobre. Era agredida na minha casa, então fazer faculdade em outra cidade era quase uma necessidade de sobrevivência, e mesmo com as adversidades, de alguma forma consegui.

Quando entrei aqui, vi que nada do que eu fazia era suficiente, era sempre menos. Mal eu sabia que era só uma impressão, entretanto com o passar do tempo, fui ficando tão deprimida que de fato passei a produzir menos do que deveria. Não conseguia fazer amigos, as pessoas em geral me tratavam como se tivesse alguma doença contagiosa, acho que pelo fato de eu ser muito diferente. Com o tempo fui fazendo algumas amizades superficiais pois aprendi que não se pode ficar sozinha, vc precisa das pessoas.


Quando chegava em casa depois das aulas, não tinha forças para abrir o livro, sentia uma dor tão imensa que só passava quando ficava inconsciente. Muito diferente da época que eu madrugava estudando e mesmo depois de 4 horas de sono ainda tinha todo o pique do mundo. Passei a comer demasiadamente, e engordei algo como 20 quilos.

No segundo mês na cidade nova procurei uma psiquiatra, ela me receitou um antidepressivo. As doses foram aumentando progressivamente, quando chegava na dosagem máxima era trocado por outro, e nada de resultados. Apenas efeitos colaterais. Fiquei com acne, meu cabelo começou a cair. Logo eu que sempre fui tão vaidosa e considerada uma menina bonita...



Quando tentava falar com alguém, que não estava bem, tudo que ouvia é: Como assim? Vc faz MEDICINA, muita gente queria estar em seu lugar e vc ainda reclama? Deixe de choramingar vai sair, estudar, se divertir... Honre a faculdade que vc está fazendo.


E eu tentei... Criei uma nova persona, passei a ir para as baladas, não levar as coisas tão a sério, evitar de pensar nos meus problemas. Funcionou por um tempo, mas o engraçado é que mesmo depois de uma festa e ficar com um cara, ou de sair com as amigas, em que todos diziam o quanto eu era engraçada, quando eu chegava em casa, sentia apenas vontade de chorar e não sair mais da cama.


Passei a engolir tudo, pois eu estava fazendo medicina, o sonho da minha vida, e eu não podia reclamar, afinal era algo que muita gente queria... aulas, provas, estresse, mas fui agüentando, tomando cada vez mais antidepressivos e fingindo estar tudo bem. Com o tempo parei de chorar, me transformei numa máquina.
 
Tinha pessoas na minha sala que eu não suportava, adoravam falar da vida alheia, como se ainda estivessem no colegial. Procuravam detalhes para implicar com alguém. Alem de serem competitivos em um nível patológico.



Conseguia nota para passar, embora minhas notas sempre estivessem entre as mais baixas. Faltava aulas para dormir, e quando conseguia estar lá era uma tortura pq a única coisa que pensava era em ir embora. Literalmente sentia vontade de vomitar quando pisava naquele HU. Mas não falava nada, pois não queria ouvir que estava reclamando à toa, então continuei.


Teve um dia que me olhei no espelho e vi uma pessoa tão diferente da que costumava ser, senti saudades da época em que tinha paz. Acho que fiquei uma semana sem conseguir ir para a aula.


Sim, eu fiz terapia. E minha terapeuta não ajuda em nada. Mas como não pago nada, pois não tenho condições, continuo com ela. Já faz dois anos que faço análise e não senti nenhuma melhora. Tem dias que gostaria de simplesmente não acordar.Já falei com a minha mãe sobre a possibilidade de parar a faculdade por um tempo e quem sabe me tratar, pois não estou legal. Ela disse que de forma alguma vai continuar me mantendo aqui pro mais tempo do que o necessário.

No final, eu acho que a medicina me matou. Mas eu continuo, e rezo para que as coisas melhorem, que eu consiga ser forte e superar tudo isso.As pessoas que convivem comigo diariamente jamais poderiam imaginar que estou desse jeito, faço questão de não mostrar, pois sei que não seria compreendida.




É isso, deculpa pelo post tão longo, mas precisava desabafar."


Precisava mesmo...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ele sou eu.

Ele é totalmente apaixonado por mim, e disso eu tinha certeza. Se não fosse, ele não me aguentaria quando acordo de pé esquerdo, depois de ter um pesadelo horrível e estou querendo matar todos. Se não fosse, ele não suportaria minhas crises de ciúmes, que eu tenho todos os dias se ele olhar para uma formiga, lógico se ela for fêmea. Se não fosse, não teria como responder um milhão de vezes a pergunta que eu faço sempre, 'o que foi?' Se não fosse, eu não estaria aqui imaginando todas as vezes que ele olha para mim com aquela cara de bobo, e fala que me ama. Ele é o mais bonito do mundo, para mim. Não existe, um coração mais lindo do que o dele, para mim. Será que um dia será possível, eu poder olhar para ele, olhar bem nos olhos deles e vê algo que não seja eu? Espero que não. Eu gosto disso, eu gosto de ser ele, e gosto quando ele sou eu. Estranho isso, mas é assim mesmo, estou acostumada e não quero mudanças! E se elas vierem, que sejam para melhor, porém espero, rezo, e quero que nunca o levem de mim, nunca. Afinal, ele sou eu.